sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Poema I

Aí vai um poeminha de minha autoria. É basicamente sobre ficar revoltado comigo mesmo por ficar sentado em frente ao computador horas enquanto o mundo gira. A solução seria poder gozar o ócio sem culpa ou então fazer dele um produto satisfatório, algo digno do tempo ali gasto.

Viver não é desafio

pros não notáveis na bravura

pra quem é médio em ser audaz

tudo é mais simples, prazeroso.


Cada momento é mais intenso,

carpe diem não só um lema.

Não há garotas que curtam mais,

nem monges que enxerguem mais,

nem há cachorros mais satisfeitos,

pois tudo é pleno e claro e vívido.


Sentado em assento duro

numa célula de conexão –

ou claustro de liberdade –

janelas me oferecem os triunfos

de quem excede e de quem transgride,

corrompe e inventa;

labaredas de um mundo em combustão.

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